quarta-feira, 28 de outubro de 2009

VEJAM O QUE ALGUNS AUTORES PENSAM SOBRE O USO DE IMAGENS


Trabalhar com imagens em sala de aula consiste em estabelecer “novos métodos” dentro do processo do ensino aprendizagem, observa-se a hegemonia que o documento escrito ainda exerce, tendo como parâmetro o documento figurativo, baseado nas análises do historiador da arte Pierre Francastel (1965), conforme PAULA (1996, p.60):

  • Para Panofsky (1987, p. 47) a iconografia “é uma ramificação da história da arte, cuja meta de estudo é o tema ou mensagem das obras de arte em contraposição à sua forma” , ele acredita que a análise iconográfica excede o limite formal que a imagem apresenta, proporcionando uma melhor assimilação do tema quando analisada minuciosamente.

  • Já Barros (2007, p. 8), demonstra que a iconografia pode ser compreendida como uma herança, que fortalece as construções e os debates históricos no âmbito visual e por conta desse âmbito ser mais associável torna-se de certa maneira o documento de moldes mais vivo ao senso comum.
  • A analise da imagem na sala de aula nos permitiria educar o olhar de nossos estudantes e, desta maneira, fornecer um importante passo rumo à democratização dos meios de comunicação. Somente o olhar crítico nos abre o horizonte da cidadania e da democracia. Caso contrário a predominância da estética irá dispensar a ética, e seremos prisioneiros de um sistema de imagem”. (BARROS, 2007, p. 8).


As imagens como meios e mediação no ensino de História

Por mais subjetiva que seja uma imagem, é inegável a existência de significados, é claro que não há um único modo de olhar para uma imagem e interpretá-la, assim como não há um único significado para a mesma imagem.Ao olharmos atentamente para uma imagem, o nosso cérebro procura identificar o que está sendo visto e ao mesmo tempo procura alguma relação de sentido com o nosso conhecimento de mundo. Esta reação, geralmente, é um processo muito rápido em que procuramos significar a composição de todos os elementos figurativos e abstratos presentes no recorte selecionado (fotografia, pintura, gravura, entre outros). Quando não identificamos algum elemento desta composição, a nossa reação é a de estranhamento em relação a imagem. Este estranhamento pode ser favorável quando procuramos compreender a complexa rede de significados expressos pelos códigos das linguagens verbal e não-verbal encontrados e constantemente re-significados no tempo, no espaço e na cultura de cada formação social.

Nesse sentido, o diálogo transdisciplinar da história com as demais ciências sociais, humanas e artísticas proporciona uma leitura crítica das imagens construídas para fins específicos, como por exemplo, pelos meios de comunicação de massa. Da mesma forma podemos pensar o conjunto iconográfico produzido ao longo da história como um acervo documental, no seu sentido mais amplo, e portanto, também, passível de uma análise crítica. Quando apresentamos aos alunos a linguagem não-verbal em sala de aula, em algumas situações, se faz necessária uma “alfabetização do olhar”. Naturalmente refiro-me ao processo cognitivo crítico que envolve diferentes campos de estudos junto ao conhecimento de mundo dos alunos. Em nenhum momento defendo a utilização de cartilhas, métodos prontos ou teorias que não contemplam a subjetividade do olhar do aluno.
Até porque a proposta de trabalho das imagens como meio e mediação no ensino de História tem como objetivo principal uma aproximação das linguagens de cada disciplina tendo como referência um meio que é conhecido e sedutor: a imagem. Os jovens de hoje nasceram sob a civilização das imagens, o que pode nos parecer surpreendente e encantador para eles é absolutamente natural, o fácil manuseio com diversos suportes tecnológicos, tais como: programas de computador, videogames, máquinas fotográficas, aparelhos de celular, é parte do seu conhecimento de mundo. Portanto cabe ao professor de história, incorporar estes meios à realidade da sala de aula de modo que sejamos os mediadores entre os sistemas simbólicos construídos a partir destes meios, o conhecimento dos alunos e os conteúdos disciplinares.
FONTE:AQUI

Imagens na sala de aula: diálogos e silêncios


Este trabalho expressa nossas conclusões enquanto alunos e futuros professores da disciplina História. Ele é o resultado de nossas experiências durante o processo de estágio das disciplinas Estágio Supervisionado I e II, como também do conhecimento adquirido no decorrer do curso de Licenciatura em História, em outras disciplinas e outras áreas do saber.
Durante a realização dos estágios nas escolas, notamos o pouco uso das imagens durante as aulas, quando eram utilizadas, os professores de História usavam-nas apenas como ilustração de textos, observamos que os professores sao muito tradicionalistas, colocam o texto escrito como a principal ou total fonte de conhecimento.
O nosso objetivo com este trabalho é mostrar a importância do uso da iconografia nas aulas de Histórias, podendo assim está contribuindo para um pensar crítico e reflexivo do professor na construção da sua prática pedagógica, possibilitando o desenvolvimento de novas competências e habilidades no processo de ensino-aprendizagem. Projetando o uso da imagem nas aulas de História como uma fonte importante no desvelar do passado, e na contextualização deste com o viver presente do aluno.